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Galeria 22

Gregory Fink

Gregory Fink

Gregory Fink é um artista conhecido no Brasil, que já realizou exposições individuais em São Paulo, Rio de Janeiro, Nova York, Chicago, Princeton e Detroit. Além disso, já mostrou seu trabalho na Inglaterra, França, Itália e Suíça. Seus trabalhos podem ser encontrados em acervos de vários museus, bem como em outros acervos importantes do mundo todo. Recebeu o Grand Prix em Paris por sua exposição naquela cidade. Ganhou o primeiro prêmio no Festival dos Três Mundos na Itália e a Medalha de Ouro na Galeria Internacional de Artistas, também na Itália. Sua técnica é única, como o seu uso de folha de ouro e prata, unindo suas cores e figuras finamente gravadas. Sua obra e influenciada por uma união da espiritualidade afro-brasileira com a oriental.

A formação cultural de Gregory Fink é vasta. Através dela além dela, faz da pintura seu veículo de expressão artística, extrapolando o limite dos limites. Cada obra de Fink é um universo paralelo, grávido de elementos arquetípicos, que nos faz refletir sobre a existência de outras realidades, aparentemente envoltas em brumas, porém reveladas subitamente através de uma pintura caleidoscópica. Em cada quadro seu existe a possibilidade latente de múltiplas leituras metafísicas ou, se quiserem, metapsíquicas.

Definitivamente, não é uma obra comum. Misticismo oriental, figuras incógnitas, como que extraídas de um conto de Borges, semideuses do panteísmo hindu, rostos estranhos dotados de um encanto sedutor, e cromatismos sinfônicos (além de infinitas e estranhas imagens), são elementos que compõem uma hipnótica melodia intrinsecamente ligada às esferas pitagorianas. A obra de Fink é, antes de tudo, voltada para os iniciados. No Gita, há uma passagem que diz: “Se mil sóis explodissem simultaneamente, talvez fosse possível imaginarmos o poder do Santíssimo”. As obras de Gregory Fink, com certeza, fariam partes dessa explosão. – Carlos Roque.

A obra de Gregory Fink é variada e magnífica. Ele pesquisa o ser humano. Penetra-lhe a anatomia física e espiritual. Em suas figuras anônimas, há o signo trágico e substancial do homem que se expressa por parábolas. Há também os mistérios dos rostos e regaços maternos envolvendo a criança: dos personagens do medieval e da ansiedade do homem contemporâneo que estremece diante de sua condição humana. Toda uma espécie de forma, solidez, de repente ultrapassa o tom real e se mitifica, desbanecedoramente, no rigor dos traços. Homens, mulheres, crianças ou guerreiros são fantasmas de um tempo milenar, impondo-se no ardor de agora.

Mesclam-se, diluem-se. São parte dessa humanidade atômica e insensata. Mas entre o macabro e o desafio desabrocham flores primaveris e apelos ao amor.

Onírico, selvagem, trágico, mórbido, abstrato, realista, oculta-se num labirinto poético. Emerge da beatitude de Francisco de Assis para as mulheres exóticas vestidas de vermelho e dourado. Penetra torres e castelos e da sua fortaleza inexpugnável compõe uma ode à pintura contemporânea. De repente, é o cavaleiro de escudo e manopla a galopar num cavalo de flancos de ouro, mesmo reconhecendo que o homem é uma paixão inútil. Comparo Gregory Fink ao alquimista que, fechado em seu laboratório, gradua o fogo à espera do resultado da obra. E, ao olhar o cálice, de repente estremece ao ver, no fundo, a estrela que refulge.

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