Aldo Bonadei
Aldo Bonadei (1906 – 1974)
Pintor brasileiro, e destacado integrante do Grupo Santa Helena por sua formação mais erudita. O interesse por diferentes áreas levou-o a desenvolver atividades em poesia, moda e teatro. O artista teve importante atuação, entre os anos 1930 e 1940, na consolidação da arte moderna paulista e foi um dos pioneiros no desenvolvimento da arte abstrata no Brasil.
No fim da década de 1950 atuou como figurinista na Companhia Nydia Lícia – Sérgio Cardoso e em dois filmes de Walter Hugo Khoury.
Aldo Cláudio Felipe Bonadei (São Paulo SP 1906 – idem 1974) foi pintor, designer, gravador, figurinista e professor. Entre 1923 e 1928 é aluno de desenho do pintor Pedro Alexandrino (1856 – 1942), período em que também frequenta o ateliê do pintor Antonio Rocco (1880 – 1944). Em 1929, Bonadei torna-se amigo do professor de arte Amadeo Scavone.
Viaja para a Itália, entre 1930 e 1931, e freqüenta a Accademia di Belle Arti di Firenze [Academia de Belas Artes de Florença], onde tem aulas com o pintor Felice Carena (1879 – 1966) e seu assistente Ennio Pozzi (1893 – 1972), ambos ligados ao movimento novecento. Nesse período, dedica-se ao desenho da figura humana, principalmente ao nu. Retorna a São Paulo no início da década de 1930 e participa ativamente do Grupo Santa Helena, da Família Artística Paulista – FAP e do Sindicato dos Artistas Plásticos. Integra de 1939 e 1941 o Grupo Cultura Musical, criado pelo psiquiatra Adolpho Jagle, que promove reuniões de artistas. Datam dessa época as suas primeiras experiências abstratas. Em 1949 leciona na Escola Livre de Artes Plásticas, primeira escola de arte moderna de São Paulo e participa do Grupo Teatro de Vanguarda.
No ano seguinte, funda a Oficina de Arte – O. D. A., com Odetto Guersoni (1924 – 2007) e Bassano Vaccarini (1914 – 2002). No fim da década de 1950 atua como figurinista nas peças Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues (1912 – 1980), e Casamento Suspeitoso, de Ariano Suassuna (1927), ambas encenadas pela Companhia Nídia Lícia – Sérgio Cardoso. Nesse período, desenha alguns figurinos para dois filmes dirigidos por Walter Hugo Khoury (1929 – 2003), Fronteiras do Inferno (1958) e Na Garganta do Diabo (1959).
Concentrou-se em alguns temas, como paisagens, naturezas mortas e flores. No quadro intitulado “Natureza Morta”, de 1954, percebe-se a presença diluída de elementos figurativos e a ausência de perspectiva. No ambiente que se integra, tudo é importante para a composição, tudo é motivo de geometrização.
Integrante do Grupo Santa Helena que reunia entre outros Rebolo, Zanini, Pennacchi, Clóvis Graciano e Volpi.
Realizou muitas exposições individuais e participou de vários Salões oficiais destacando-se: Bienal Internacional de São Paulo (1ª, 2ª, 3ª, 6ª, 7ª); Bienal de Veneza (1952); Panorama da Arte Moderna Brasileira (1970).