Antonio Peticov
Antonio Peticov (1946 – )
Nascido em Assis- SP, é um pintor, desenhista, escultor e gravurista brasileiro.
Autodidata, aos doze anos de idade teve a certeza de que queria trilhar o caminho das artes. E, para alcançar seu objetivo, buscou informações em livros e revistas. Sua formação artística se constitui a partir de pesquisas pessoais sistemáticas em história da arte e pela sua integração aos movimentos artísticos de vanguarda na segunda metade da década de 60.
Em 1970 mudou-se para Londres, onde ampliou seus estudos. No ano seguinte, transferiu residência para Milão e, em 1986, mudou-se novamente, desta vez para Nova Iorque, só retornando ao Brasil em 1999.
Ao longo de sua carreira aplicou seus conhecimentos em design, criando uniformes e embalagens, mas sempre enfocando a arte.
Com produção diversificada, Peticov trabalha com pintura, desenho, gravura, escultura e ilustração. Faz instalações como Balli Ballet (1982), em Cloudwalk Farm, Connecticut, e The Big Ladder – Scala Cromatica (1983), para a New York Art Expo, nos Estados Unidos. Apresenta, em 1989, o Projeto Natura – Rio Pinheiros na 20ª Bienal Internacional de São Paulo, prevendo a plantação de várias espécies de árvores ao longo do rio Pinheiros, em São Paulo; e, em 1992, cria o Projeto Bosque Natura, para a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro. Realiza, em 1990, o mural Momento Antropofágico com Oswald de Andrade, instalado na estação República do metrô de São Paulo, em homenagem ao centenário do escritor.
Em 2003, é lançado o livro Trabalhos Escolhidos, juntamente com a exposição no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – Masp. Em suas pinturas trabalha freqüentemente com séries temáticas como a Seção Áurea e Dia e Noite, utilizando conceitos da física e da matemática, relacionados ao espectro de cores e à luz.
Em seus quadros, destacam-se os efeitos luminosos e a utilização de cores intensas. Neles, cria imagens oníricas alinhadas ao imaginário da publicidade.
Autor de obra variada e técnica diversificada, onde se acham combinadas várias tendências da arte contemporânea, seu trabalho deve ser inserido na produção oriunda da década de 60, no bojo das renovações vanguardistas trazidas pelos movimentos internacionais como o surrealismo, o grafismo, o dadaísmo, a pop art e a livre pesquisa da chamada arte experimental. A incursão por essas e outras propostas estéticas surgidas na atualidade fica bastante evidenciada em sua pintura, onde os elementos geométricos, surreais e abstratizantes são combinados com um resultado plástico bastante satisfatório e efeitos às vezes surpreendentes.